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Maceió by Virgínia Tour

Se você tem arrepios só de pensar naquele ônibus amarelo da CVC parado na porta do seu hotel às 7 da manhã pronto para começar o passeio, pense seriamente em alugar um carro. Nesses 5 dias de viagem rodamos nada mais, nada menos que 1000km!! Ou seja, nada fica perto de Maceió.

No entanto, se seu companheiro(a) de viagem não gosta de dirigir, ou vocês não costumam trocar de piloto ou ainda se os dois bebem, ficar numa excursão pode ser uma boa pedida. Ou seja, tudo vai depender do perfil dos viajantes.

Nesse roteiro de 5 dias, procurei cobrir os pontos principais do litoral, lembrando que em Maceió mesmo não tem muita coisa a ser vista. Já que iamos passear bastante, escolhemos ficar no Ibis (hotel limpo, bem localizado, mas sem lazer algum), não teria sentido pagar por um resort que não seria usado.

Na sexta, aproveitando a maré baixa, o objetivo era ir até Maragogi. Mas fomos supreendidos por um protesto que havia bloqueado a única estrada costeira. Tivemos que mudar os planos e partimos para as prais do sul.
Protesto que durou 5 horas

Primeira parada: Praia do Francês. Se você gosta de ser atacad por”guias turisticos” correndo atrás do seu carro, muita farofa e música alta, esse é o lugar. Nós nem desligamos o carro. O mesmo aconteceu na Barra de São Miguel.

Acabamos chegando ao mirante do Gunga e, depois de umas fotos, entramos dentro da fazenda (acho que de propriedade da Sococo) que dá acesso à praia. Fácil demais. Nenhum guia era necessário. Barraca boa, pouca gente e boa música tocando. À noite jantamos no Massarela. Deu para perceber que não é um restaurante pega-turista. Risoto ótimo.
Vista da praia, lá de cima do Mirante…

No sábado voltamos à estrada para Maragogi. Não é longe, mas não é perto. 120km de puro canavial (aliás, só deve haver cana-de-açúcar em Alagoas). A cidade em si é sem graça, não ficaria lá nunca (só se fosse para ‘spaiar’ num resort). Chegamos cedo e tivemos que esperar a maré baixa para fazer o passeio de catamarã até às galés. Recomendo o Restaurante Costa dos Corais (têm catamarã próprio e o melhor, nem precisa dar ouvidos aos “guias” que chegam a te perseguir de moto!). A volta foi cansativa por causa da chuva. Nem saímos mais.
Eita lugar bonito!Galés de Maragogi

Domingo voltamos a seguir para o sul. Queríamos chegar à foz do Rio São Francisco. Num descuido (atenção, você está no NE e aqui placa de sinalização é raro), passamos a entrada da estrada estadual(AL-101). Rodamos quase 80km a mais na BR-101 (coincidência com os nomes). Graças a Deus e ao GPS do celular, percebemos o erro e conseguimos achar o rumo certo, antes de ir dar com os costados na Bahia! adhuahuaduahdu

Passamos por Penedo (conhecida como a Ouro Preto do nordeste). Uma graça de cidade! E depois fomos para Piaçabuçu de onde partem os barquinhos para chegar até a foz do Rio São Francisco. Passeio bonito, mas o barco é demorado. Se não levar uma matulinha, melhor comer antes (não chega a ser algo que dê enjoo; pode almoçar sem medo).
Exemplo de arquitetura de Penedo
Barquinho (existem passeios mais rapidos, mas não confiei em entrar numa “voadeira”)

A volta foi tensa. Estava chovendo demais e a gasolina estava no fim. Marcamos bobeira. Por fim, conseguimos abastecer em Coruripe. Anda bem. Depois foram 84km até Maceió sem NENHUM posto para contar a história. Fiquem atentos, isso é comum por aqui!

Chegamos morrendo de fome. Queríamos ir até o Wanchako (melhor restaurante peruano do Brasil!). Mas novamente esquecemos que estamos no NE! O que não estava fechado, estava fechando. Horário limite? 9h30, 10h00 da noite! HUAHDUAHUDAHUD Paramos num bar chamado Alagoana. Boa supresa! Recomendo.

Na segunda, a ordem era acordar um pouco mais tarde e relaxar. Acabamos escolhendo ficar na barraca Hibiscus, na praia Ipioca. Maravilhosa. E o melhor, nada de Calcinha Preta no som! Alívio para nossos ouvidos sulitas encontrar uma barraca que não toque forró no último volume o dia todo! De noite, conseguimos jantar no peruano. O marido quase chorou quando viu no cardápio o Pisco Sour. Valhe a pena!

Em todo lugar tem passeio para ver os corais

Na terça a gente estava só no bagaço, mas queríamos aproveitar o sol que resolveu dar as caras. Fomos conhecer a Praia do Carro Quebrado. Preferimos ir de Toyota Bandeirante do restaurante Estrela Azul. Foi a melhor opção! A estrada estava impraticável (apesar de um carro sem tração chegar sem problemas, com essa chuvarada o atoleiro era enorme). Praia bonita (tem falésias como aqui no CE e areias coloridas e garrafinhas… deve ser uma máfia das garrafinhas instalada no NE todo), mar lindo! Jantamos num restaurante japonês (Ine, se não me engano) e fomos dormir.

Como fomos viajar aproveitando a milhagem tivemos que ir naqueles vôos maravilhosos. E saindo daqui tivemos que fazer 1 escala em Recife e uma conexão em Salvador (não existem voos diretos) e ainda por cima num horário péssimo (diferentemente da TAM, não se pode escolher o voo que você quer e sim nos que eles disponibilizam). Saímos de lá às 5h15 e chegamos em casa às 10h00! Dormi como uma pedra essa tarde e ainda estou cansada, mas o passeio valeu cada minuto!

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Maior furada

Todo mundo tem uma boa roupada para contar. Eu tenho várias. Mas algumas são mais marcantes dos que as outras. E, sem dúvidas, essa marcou…

Um dos passeios que fizemos aqui na Terra de Malboro foi conhecer Jericoacoara; Jeri, para os íntimos. Escolhemos um hotel lindo e partimos daqui num 4×4 para poder chegar sem precisar deixar o carro em Jijoca (30km antes de Jeri). Para quem não sabe, de Jijoca até Jeri só tem duna. Carros normais chegam, mas tem que ter manha, senão vai ficar atolado.

Depois do almoço, perguntamos para o garçon o que tinha para fazer naquela tarde. Passeio até a Pedra Furada, ele disse. É perto, dá para ir pela areia. E nessa época do ano sol desce “dentro” da pedra. Ficamos empolgados e fomos.

O querido só esqueceu de dizer que a maré estava alta, então era impossível ir pela areia. Tivemos que partir para as dunas. E andamos, viu? Depois de umas 3 dunas, começamos a perguntar para o povo que estava voltando se faltava muito. Todo mundo dizia que não (deveriam todos ser mineiros!!!). A cada duna que vinha a gente torcia para ser a última.
Não é de um avião, mas do alto da primeira duna
Quase chegando…
Eu, que sou prevenida, tinha levado na mochila uma garrafa d’água. Para mim, é claro! Que a sogra jogou toda na cabeça num momento de “queda de pressão”. No final, chegamos na famosa Pedra Furada depois de 2 horas! Quase na hora do pôr-do-sol. Tudo lindo. Uma muvuca louca. Conseguimos comprar fiado (!) – não levamos dinheiro, afinal era perto – água de um vendedor solidário.
A pedra

Só que escureceu. E ninguém tinha uma lanterna. O povo foi subindo o morro de volta e a sogra disse que não tinha condições. Já estava conformada em ter que passar a noite naquele lugar, até chegar ajuda. O vendedor da água ficou com pena (ou preocupado em receber o dinheiro) e resolveu guiar a gente. Só que ele ia pelo mar (gente, o cara faz esse caminho 5x por dia! Ida e volta trazendo um isopor de água na cabeça!). Fomos nós, em fila indiana, com a água quase pela cintura, sem enxergar um palmo na frente. A única garantia era o tiozão que queria receber o dinheiro dele!

Levamos meia hora para voltar (o povo da duna deve ter levado umas 3 horas naquele escuro). Cansados. Esfomeados. E devedores! O tiozão acabou levando R$50 de gorjeta e deve estar rindo até hoje…

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Eu voltei…

Depois de quilômetros rodados, muito sol (e alguma chuva), areia para todo lado, estou de volta. Não sem antes contar que mesmo não tendo passado por aqui a tempo de saber que eu ia para Pipa, a Cláudia conseguiu estragar nosso carro! ahdaushuhausdhad Mas não foi pneu furado, e sim a embreagem que quebrou!

Ainda bem que foi na volta. Já tinhamos saído de Natal, quando numa ultrapassagem o maridão perdeu a terceira marcha. Depois disso nenhuma mais engatava. Como não somos o Ayrton Senna, paramos num posto-de-guarda e chamamos o seguro. Tudo isso aconteceu às 10h30. O táxi que nos levaria para a Terra de Malboro (seguro chique é isso, bem! Leva o segurado fudido para casa, mesmo que seja a 600km de distância) chegou às 13h15 e o guincho às 14h.

Como nós tomamos café às 7h em Pipa, o estômago estava reclamando, e muito. Sorte que o guincho trouxe lanchinho (melhor que o da Gol) e água. Nada como usar bem a facada que ele nos cobra por ano.

Estou com as fotos aqui e depois posto tudo sobre a viagem. Mas estou na casa de Mammy (sim, vim fazer prova domingo. Espero passar dessa vez) e tem muita gente para visitar e fofocar, mas volto logo!

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Ala-la-ô-ô


E já estamos no carnaval. Tá certo, ainda é quarta-feira, mas o clima de batucada já tomou conta da TV e das conversas com os amigos desde quando a ressaca do reveillon acabou.

Novamente vamos ficar aqui pelo nordeste. Dessa vez escolhemos ir para Pipa (ano passado fomos para Recife e Porto de Galinhas). É nessas horas que morar por aqui passa a ser interessante. O que não é sinônimo de “coisa barata”, porque o nordestino é metido e viajar por aqui é mais caro (muitas vezes) que ir para o Caribe.

Vamos sair daqui de madrugada, de carro. Uma parada em Natal na sexta (para conhecer a cidade e rever alguns parentes exilados) e sábado estaremos em Pipa.

Portanto, não devo passar por aqui nos próximos dias. Mas volto com dicas e fotos. Aproveitem bastante o carnaval e muito juízo para todos nós! Até a volta!